Let's Go!

Não me sinto mais assim tão salvo, agora, como antes, posso pensar na amargura criada pela mentira. Diga-me é assim que você quer marcar seu sentimento no meu coração? É essa a memória mais forte que você quer deixar? Quando você me prometeu felicidade não me disse que ela seria passageira e eu não quero mais brincar assim se for para me machucar! O que seria do amor se não fossem das pessoas que não o conhecem? E não quero mais me questionar nas dúvidas que você criou tão freneticamente em mim! Estive esperando por muito tempo aquilo que você me fez acreditar que tivesse encontrado, então porque acreditei se tudo o que você queria, conseguiu, para então somente lavar sua alma e sua consciência que de tão sujos tornaram-se um muro, tão cheio de manchas! Esse é o meu fim? O que se quebrou dentro fica tão exposto! Então suma daqui seu vigarista, chega de aplicar seus golpes em mim, ou você acha que eu ficaria somente na lamentação? Não, as coisas não serão como imaginou, eu marquei o dia da sua morte e já estou com as flores para jogar no seu funeral, dei a elas um toque que lembra você e a sua maneira de amar, deixei elas pintadas de preto! Saia já daqui, leve suas coisas, não as quero perto de mim, não consigo suportar o cheiro que elas têm! Leve também todas as suas músicas, não preciso ficar mais deprimido do que já estou, pois não serei obrigado a me cortar com todas essas facas, fique certo que peguei o seu fim e estou saindo daqui com estilo. Mesmo que eu esteja sentado e sozinho numa sala fecha, não quero mais ouvir todas as suas imundices impregnadas de tanta dor. Seu sorriso tomou posse do meu, roubou o que tive muito antes de conhecer, esse seu abraço me prendeu na sua cortina e agora? Desapareça daqui, pois cada mentira que eu acreditei ficará por muito tempo, para que assim eu consiga fazer invisível a minha vontade. Isso tudo é um inferno, e eu tenho perto de mim e me assusta, vou então correr o mais rápido até conseguir ficar longe mim e perder a minha memória.

Postado por Xavier Neto às 17:53 1 comentários

A noite fria, tão somente escura, nessas ruas de novembro o vazio anda ao meu lado. "Só vejo lamento do que eu não fiz, quem sofre não cuida de laços ou verniz", você promete quando quebra suas promessas, esse é o caso? Tão fácil jura, no entanto mais fácil ainda o desfaz, por favor aceite essa divisão, deixo em suas mãos a parte que te cabe e a mim voltarei devagar de onde vim. "O choro que te cai, só consola você", não vejo o próspero e saliente amanhã de nosso caminhar, quem dera pudesse mudar, mas pensemos que o mundo gira e essa é somente uma de suas voltas. Podemos mais perto do paraíso chegar se fomos separados, pois juntos só temos uma terra plena. Você tem as suas necessidades, eu tenho as minhas manias e isso me parte em três quando falo, mesmo que isso seja a minha fraqueza, dou-te a minha palavra sincera que sinto muito mais que te deixo mostrar. Lépido e sutil, é tudo que tenho a dizer, antes desses versos se acabarem, antes que eu não tenha mais nada a escrever.

Postado por Xavier Neto às 18:27 0 comentários

Os passos que dou, sinto meus pés presos ao chão, como se voltar fosse a melhor saída! Eu sei que sim, mas uma escolha sua poderia mostrar-me o mesmo lado negro, já conheci essa explicação tantas vezes que nem impressiona ouvi-la novamente, não, me recuso, preciso dizer adeus, não posso ficar aqui e para que o acaso não me faça partir algum resto de coração que ainda tenho! Foi na falta de amor que o otimismo definhou e morreu, algo surge e se esvai a esperança, contudo do meu passado eu sei, preferi guardar a dor só para mim, pois aqui dentro mora o frio! Eu sei onde ir, contudo ainda me sinto tão perdido, como se o único caminho seguro fosse o de casa, eu desenhei um mapa astral juntando as cicatrizes que ficaram e a única hipótese que descobri é que tenho medo! Posso sufocar algo que nasce, talvez fosse como um abortar a vida, então não seja como foi antes, é muito pesado carregar esse realismo! Caso eu siga, "[...] sei muito bem me arrepender, mas eu ainda tenho dúvidas se tudo acabara bem[...]", então vou apagar-me, "[...] me deparo com seu rosto e meus olhos ao fechar [...]" Eu me acho tão irrelevante, que minha insegurança em si, torna-se o panico do futuro, quero acostumar-me com um presente, em que você esteja amanhã e depois, o que tiver que ser, eu quero que seja, no entanto isso não caber a mim é o complexo geral, sou firme nas decisões, entretanto tenho que ser espectador de uma simples pergunta que eu a responderia sem dúvida, mas que não depende de mim fazer, por isso me desfaço o mais cedo possível, para não aceitar assim tão fácil, querendo definir aprendi a te abandonar, sem mesmo estar com você.

Postado por Xavier Neto às 20:12 0 comentários

Eu não poderia dizer, mas caso fale saiba, gosto muito e gosto pouco, gosto aos poucos como deve ser! Mas caso aconteça queria que fosse assim "Nenhum de nós será o Rei, sem cobranças ou castigos, afinal vou usar o que há em você!" Contudo hoje você olha para os lados,  sei ainda há muito para enxergar, entretanto entenda, aceite a sorte que a vida te deu, mas pena é pros fracos que o mundo já esqueceu. O seu desespero ilude, que é sua essa dor, o choro que te cai, esse? Só consola você! Amanhã é cedo para mim! Assine seu passado, sinta o fim! Como diria, o tempo pode assim nos ver crescer, a música disse "[...] não te peço certeza, embora eu queira tudo que sinto, espero [...]" São portas que se abrem e se não sabe essa é a chance de aliviar qualquer indicio de tristeza, quero ver o relógio passar, hora após hora, no inicio, no meio ou no final, pois que seja assim, um texto sem fim, se então escrever faria previsão do que não quero dizer Adeus, contudo se um acaso te levar e eu por acaso partir, bem deixem esses nos trazerem de volta, não confio no tempo ele é cruel, vago e cego! Vou nesse desrumo, em passos escuros, segurando a sua mão, para onde for e me levar... Seguindo nesse ônibus lotado, sem ver onde vou, apenas seguindo... Esse é o "senso, ritmo habitual" e talvez esse escrito não tenha final, pois o desejo inconsciente se destaca como ironia, não sou dono do destino e ele prefere brincar!

Postado por Xavier Neto às 21:25 0 comentários

Você consegue dizer eu te amo? Pois eu não, mesmo que o coloque em poesia! É quase impossível, mostrar o que te fere, dizer eu te amo e se orgulhar disso, para mim é tão parecido como enfiar uma própria adaga no peito e guardá-la como lembrança sentindo-se feliz pelo sangue que a mancha! Retrato por retrato, desobedeço o coração! Mas aqui não há ninguém, então despertemos a solidão que confinou os pontos brilhantes do alto! Você concorda em lembrar as partes de um grande amor, discordo do fato de simplesmente amar, no entanto não estamos assim em situações opostas, pois ambos se machucam em crer nos seus ideais! Olhe para o futuro, acredito na dor, você deixa no inesperado! O tempo corre, corre sempre inversamente, ele segue para o passado, sempre numa caminhada que você precisa entender, ou será levado junto a ele e perder-se no meio de lembranças destrutivas. Não espero as sombras, perderia meu sol se o fizesse. Dizem que feliz é aquele que não se apaixona, só concordaria com isso, se os efeitos dessa bênção, não fosse o vazio. Pare e apague, o tempo não é herói, ele sozinho não consegue fazer o que você não deseja, mesmo as eternidades não te salvariam desse sofrimento se o seu objetivo for permanecer nessa penumbra, pois só te digo isso, porque em algum lugar eu já estive, contraditório alguém que esqueceu do que seria sentir e hoje prefere ficar no mesmo lugar dizendo "eu não me apaixono"? Poderia até ser se essa opção não fosse resíduos, de ter sofrido a ponto de criar o lado negro da lua e suas crateras no que todos chamam de emoção e paixão. Claramente a escolha não é minha, perdi a razão no meio de todas histórias e seus "era uma vez", era uma vez um coração, até ele se quebrado, era uma vez a felicidade até conhecer você, era uma vez sorrisos, até eles serem roubados! Triste? Entretanto, ao nascer, não lembro de terem prometido que seria assim tão alegre. Só que aos poucos você me pergunta o que eu esperava, já que na minha sinceridade eu posso dizer, não espero, sei as correntes que ainda te prendem, tantas questões de um tudo ou nada, que nem sei o que quero dizer-te, talvez eu queira dizer que sinto algo, talvez eu queira apenas seguir, mas talvez eu queira apenas ocupar um lugar cheio, "na meia volta não existe atalho."

Postado por Xavier Neto às 10:37 0 comentários

No mundo de utopias, ela bateu a porta! Correu pelo caminho amarelo, tentado criar o que não era real, esperou o tom vespertino para ganhar suas asas, então era outono e tudo estava laranja pôr do sol! Assim ela entrou sem pedir licença, esqueceu dos bons modos, no entanto era um caminho sem volta e agora já estava presa a ilusão que a beleza cria. Libertou sua última esperança, deixando cair sua inocência, o concelho foi dado "mantenha seus pés nos chão, quando sua cabeça estiver nas nuvens." Mas não era o bastante para ouvir e seguir, estava encantada com a cor, atraída pelo cheiro, dominada pelo toque, tarde demais para se evitar, o inesperado se fazia presente. Eram somente sorrisos, seu príncipe estava a sua frente para salvá-la. Vieram então contar, que depois de tantas derrotas ela estava perdida sem saber o que fazer, pois bem, esquecera, dos perigos e mais uma vez, ela ouviu "mantenha seus pés no chão, quando sua cabeça esta nas nuvens." Era de se esperar que os personagens aparecessem para criar toda a trama e mais uma vez se deixou esquecer, não existem contos de fada com finais assim tão felizes! Correu então para o castelo do seu amado, evitando assim os avisos. Tudo como planejado, estava em suas garras, em meio a luz que entrava do portão, lá estava varias vezes em si mesma. Foi tão somente, que ela viu a sua própria vaidade no espelho, não tinha mais tempo, o relógio bateu meia-noite e quem vinha para salvá-la, agora passara para vilão, as máscaras uma a uma foram caindo, o jogo dos bonecos não trazia tanta alegria assim, feito assim ela sentiu a dor que cortava mais que a sua alma, então quis fugir no meio da noite escura, na tempestade sentimental. Perdeu suas asas, perdeu sua essência, seu passado a puxava, prendendo-a pelos pés, esse era o preço de acreditar! Tentou voltar, no entanto há muito tempo tinha escrito sua sentença de morte, tijolo sobre tijolo seu castelo havia caído, não era mais princesa de lugar nenhum, foi então que conheceu a verdade, contos de fadas não acontecem quando nós estamos neles! Tentou reaver sua inocência perdida, correu de volta ao início, no entanto não tinha mais destino, perdeu-se e foi enterrada em sua própria cova rasa, então deixará de lembrança somente a inocência perdida, pois eu simplesmente não ouvi "mantenha seus pés no chão quando a sua cabeça estiver nas nuvens." Descobriu da maneira mais trágica possível, na pior forma de sofrer o caminho para as lágrimas que caem como tormenta!

Postado por Xavier Neto às 12:53 0 comentários